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Ciência, religião, Fake News e cloroquina – via Contrapoder

O Brasil está seriamente encrencado. Estamos no meio de uma pandemia que já matou dezenas de milhares de brasileiros e segue matando uma média mil pessoas por dia. Enquanto isso, o país está sequestrado por uma quadrilha de fundamentalistas de extrema direita que não quer ou não tem ideia de como lidar com o problema. Apesar do risco de contaminação, acredito a coisa mais sensata a se fazer seria ir às ruas protestar, exigindo a preservação da democracia, o cumprimento das leis e um impeachment, baseado em qualquer um dos vários crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro. Dado que seu vice foi escolhido propositalmente para desencorajar um impeachment por ser tão indesejável aos olhos da esquerda quanto ele, a melhor opção, se possível, seria cancelar as eleições pelo uso de Fake News e permitir ao povo uma nova chance de escolher seu presidente em termos mais justos.

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Futebol na pandemia: Bola Fora…

Se há algo que a pandeia tenha provado sobre o futebol é seu caráter supérfluo ante a desafios reais da vida em sociedade. E mais, há muito o que falar sobre o “mundo do futebol” sem o jogo em si, sem o onze contra onze, como se dizia antigamente. A começar pela relação entre futebol e política que, para horror de Caio Ribeiro, ficou comprovada por todos os que acompanham o assunto, desde os primeiros efeitos da pandemia sobre o esporte. Com ou sem a bola rolando poderíamos continuar comentando o uso político do esporte de preferência nacional, o descaso dos clubes e da grande imprensa com o futebol feminino e como estaríamos melhor no meio dessa desordem com um liga de clubes que pudesse proteger o futebol do fracasso para que são conduzidos por seus dirigentes.

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Destrinchamos a nova lei que mercantiliza a água

A entrada de empresas privadas no setor de água e esgoto nos municípios brasileiros não nos deixa nada otimista com o que deve vir a acontecer em ampla escala. Como já dito, o exemplo de Manaus é ímpar para demonstrar o “legado” que o setor privado vem deixando no país. A capital do Amazonas, após 20 anos de gestão privada, tem 12,5% de coleta de esgotos e mais de 600 mil pessoas sem acesso à água. O Instituto Trata Brasil coloca o saneamento de Manaus – 6° maior município brasileiro – em 96º lugar entre os 100 maiores municípios do país. Não por acaso, as regiões da cidade mais assoladas pela covid-19 são as mais desassistidas em saneamento básico. Este estudo também aponta que as dez melhores cidades são operadas por autarquias ou empresas públicas e apresentam indicadores elevadíssimos de atendimento.

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Processo de Lula contra Deltan por PowerPoint é retirado da pauta do CNMP

Segundo Brasil 247

Documento interno mostra que o relator do caso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Marcelo Weitzel, retirou o procedimento da pauta que estava agendado para a próxima terça (7)

247 – O conselheiro Marcelo Weitzel, relator do pedido apresentado pelo ex-presidente Lula que solicita a abertura de processo contra o procurador Deltan Dallagnol pela apresentação de uma denúncia com o uso de uma tela de power point, retirou a ação da pauta do colegiado. A informação é da CNN Brasil.

Segundo documento interno, o procedimento foi retirado da pauta de julgamentos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), programada para a próxima terça-feira (7), e ainda não há nova data para o julgamento do caso.

O tema seria tratado em um ambiente do plenário do CNMP desfavorável a Deltan, que é alvo de denuncias que reveleram que ele trabalhou em parceria com o FBI para destruir as empresas brasileiras e abrir caminho para um governo neofascista no Brasil.

Segundo integrantes do colegiado, neste momento o procurador só teria três dos 11 votos garantidos a seu favor.

Eduardo Leite e a farsa do distanciamento controlado

Por Sandro Ari Andrade de Miranda*

O sistema de bandeiras é um convite para este tipo de sensação, a de que tudo está normal, quando na verdade não está

Quando o Governo minimiza os riscos de um problema grave e joga para a população responsabilidades que são suas, está desenhando um desastre – Luiza Castro/Sul21

As estratégias com melhores resultados no combate à pandemia utilizadas até agora combinaram o lockdown com testes em massa. O Rio Grande do Sul não faz nem uma coisa nem outra. Na prática o governador, por vaidade ou por necessidade, resolveu criar um sistema mágico que isola o Estado do resto do mundo. Enquanto o confinamento da Argentina e no Uruguai prevaleceu, sem a pressão vinda dos Estados mais ao norte, o Rio Grande do Sul manteve um resultado relativamente tranquilo, chegou até a esboçar sinais de estabilidade. No entanto, o mundo real cobrou o preço e como num tsunami, a calmaria antecipou o desastre, como se observa nos hospitais de Porto Alegre, da Região Metropolitana e do Interior.

A metáfora mais utilizada em todos os países para enfrentar a pandemia tem sido a bélica. De uma guerra contra um inimigo invisível. Sabemos que ele não é tão invisível, mas o resultado de um modelo produtivo que destrói o meio ambiente e que coloniza espécies. Dentro de uma guerra, a melhor estratégia é quebrar as linhas de alimentação do inimigo, foi o que fez a Nova Zelândia, por exemplo, ou a Alemanha que caminha num respiro de normalidade. Aqui no Rio Grande do sul houve uma inovação, na qual o inimigo foi sendo alimentado aos poucos. Parodiando Gramsci, não é uma guerra de posição, na qual as trincheiras vão sendo tomadas, mas o contrário disto, o estado foi pavimentando o caminho do inimigo…

É evidente que a estratégia de Leite (PSDB) difere da de Bolsonaro. O último optou por manter a população civil andando na rua no meio do bombardeio, num processo de matança indiscriminada. Os dois erraram, conduzindo a população para o caminho da morte.

Sun-tzu e Maquiavel, dois especialistas na Arte da Guerra, recomendam que o bom general deve conhecer o inimigo e o campo de batalha (neste caso o país e o estado). Quando o adversário é desconhecido e tens forças poderosas já comprovada diante de adversários ainda mais fortes, o ideal é evitar o confronto direto. Isto resulta em menores perdas e permite ganhar tempo para obter uma vitória no momento certo. O distanciamento social e o princípio da precaução são este mecanismo de defesa. O refúgio doméstico, quando possível, funciona como trincheira real. Estas lições não foram observadas no país e no estado.

A linguagem adotada por governantes tem efeito simbólico, pode ajudar o não a enfrentar um crise. Não sou defensor da pedagogia do medo, acredito que informação consistente tem um resultado mais efetivo. As pessoas precisam saber o que estão enfrentando e cabe aos governantes proteger o seu povo. Bolsonaro é um acéfalo fascista, jamais poderia comandar uma trincheira, quanto mais um país. Já Eduardo Leite, confunde a administração com a empresarial, foca apenas na gestão financeira eficiente. Mesmo que o último fale em preservação de vidas, ambos priorizaram o interesse de grupos empresariais e colocaram o dinheiro em primeiro lugar. O resultado está aí.

Quando o Governo minimiza os riscos de um problema grave e joga para a população responsabilidades que são suas, está desenhando um desastre. Não adianta falar em distanciamento social de forma genérica e agir para a retomada das atividades normais ou, ainda, criar uma falsa sensação de segurança. O sistema de bandeiras é isto, um convite para este tipo de sensação, a de que tudo está normal, quando na verdade não está.

Para achatar a curva é necessário observar os exemplos que deram certo. Nunca significou perpetuar o caos e é isto que se obtém com essa movimentação insensata de tapar e esconder a realidade da pandemia. As pessoas saem à rua sem medidas de controle porque a linguagem simbólica, reforçada pela irresponsabilidade e omissão dos governos locais é mais forte do que o discurso forjado no mercado adotado pelo Governador gaúcho. No fundo, o pseudo-distanciamento controlado é apenas isto, uma forma de travestir o descaso por meio de um discurso de eficiência e democracia. As mudanças de bandeiras mediante pressão política e econômica, além do nos atrasos no lançamento de dados no sistema da Secretaria Estadual de Saúde por parte das Prefeituras sem nenhuma cobrança concreta por parte da gestão estadual são apenas a prova mais evidente da caminhada “formalizada” para o caos.

(*) Advogado, mestre em Ciências Sociais.

Via Brasil de Fato

Bolsonaro ajuda Weintraub a fugir e prova usar governo para proteger amigos

Por Leonardo Sakamoto

O Ministério da Educação confirmou ao UOL que ele chegou, neste sábado (20), a Miami em um voo comercial. E o seu irmão, Arthur, informou que Weintraub já está nos Estados Unidos, onde deve assumir um cargo no Banco Mundial. Apenas depois disso é que foi formalmente exonerado do MEC por Bolsonaro através de uma edição extra do Diário Oficial da União.

O presidente Jair Bolsonaro ajudou Abraham Weintraub a fugir do país. Não há outra forma para explicar o que aconteceu.

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Caso Queiroz: Flávio Bolsonaro é destruído pela Globo no Jornal Nacional

Telejornal da Globo dedicou mais de 35 minutos para cobertura que detalhou o esquema de corrupção e ligações do caso com o presidente Jair Bolsonaro

O Jornal Nacional destacou a prisão dede Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na edição desta quinta-feira (18). O telejornal da Globo detalhou a operação da polícia e a investigação sobre o esquema de corrupção envolvendo o filho do presidente Jair Bolsonaro com quatro reportagens em bloco que durou mais de 35 minutos.

“Chega ao fim o sumiço de Fabrício Queiroz”, disse William Bonner, já no início da transmissão. As reportagens mostraram em detalhes a operação para prender Queiroz, que estava na casa do advogado Frederick Wasser. O JN ressaltou que Wasser negava conhecer o paradeiro de Queiroz, e que ele era advogado de Flávio e “muito próximo da família Bolsonaro”.

Mais no link da Revista Fórum

Seria o Brasil um poço sem fundo?

Por Mateus Lazzaretti (*)

O Brasil vive hoje um dos mais dramáticos momentos de sua história. Em meio a uma das maiores pandemias dos últimos cem anos, o país tem registrado mais de mil mortes diárias causadas pelo novo coronavírus (COVID-19), somando, no presente dia, mais de 43 mil óbitos, e já quase 900 mil pessoas contaminadas, podendo ser um número ainda superior devido à subnotificação e a incerteza que paira sobre a atuação do ministério da saúde no trato com os dados e as recentes mudanças na forma de divulgação. Já assumimos o segundo lugar mundial no número de casos, e já somos o epicentro da doença.

Enquanto países que foram duramente castigados pelo COVID já começam a retomar atividades depois de conseguirem controlar a doença, no Brasil os números crescem a níveis absurdos, e ainda assim não atingimos o pico da doença no Brasil. Nem sequer sabemos quando chegaremos a ele. A soma de uma doença nova, altamente contagiosa e letal, com um governo neoliberal, negacionista e que “flerta” (pra dizer o mínimo) com o fascismo, produz uma das piores tragédias já ocorridas no nosso país. Seria o Brasil um poço sem fundo?

Óbvio que enquanto falamos disso, o restante dos problemas do país não desapareceram. Em alguns casos, inclusive, se intensificaram: a polícia segue assassinando e torturando pessoas negras nas periferias; os setores mais pobres do povo seguem sendo negligenciados e abandonados à própria sorte pelo Estado, sem ter condições de praticar o isolamento social; a saúde pública agoniza sob os tentáculos da PEC da Morte; as redes criminosas de desinformação seguem operando a todo vapor, confundindo a população sobre os cuidados com o vírus; organizações criminosas aproveitam o momento para aplicar golpes, desviar recursos da saúde, vender respiradores falsos, enfim, uma série de tragédias e crimes combinados. O povo brasileiro segue pisoteado e humilhado por aqueles que querem que a “economia não pare”, mantendo a girar o moedor de carne humana que os enriquece.

Enquanto todo esse pandemônio está a solta, o governo Bolsonaro compete com o COVID para mostrar quem é pior para o Brasil. Na figura do presidente, incentiva o desrespeito às regras de isolamento, incentiva invasões a hospitais, faz ameaças diretas e indiretas de fechamento do regime, amparado por seus generais na retaguarda, ele e seus ministros apoiam e incentivam manifestações fascistas e abertamente antidemocráticas, enquanto revelam que vão “aproveitar o foco no coronavírus pra passar a boiada toda”. É cada vez maior, diante disso, o número de pessoas que acha que Bolsonaro não pode mais ser presidente.

Alguns argumentam que ele é “incapaz”, um “louco”. Mas, como disse Breno Altman outrora, “há cálculo nessa loucura”. E fica cada vez mais nítido que a pandemia entra nesse cálculo, e que a aparente “incapacidade” do governo em lidar com ela é, na verdade, uma opção política. Manter a crise constante para resolver os desentendimentos entre a direita, manter todo mundo sob a política do medo, enquanto se reorganizam e afinam os detalhes para implementar toda a política econômica pretendida. Nos últimos dias, inclusive, novas movimentações do “centrão” demonstram isso: o PSD ganhando ministérios, o PSDB, protagonista do Golpe em 2016 afirmando que não deve haver impeachment porque seria “prejudicial à democracia” e fechando com a base do governo.

Enquanto isso, existem ainda setores da esquerda que, em meio a um verdadeiro genocídio do povo brasileiro, sobretudo dos pretos e pobres, acaham possível construir uma frente ampla com os grupos golpistas em torno de pautas vagas, mesmo que sejam também responsáveis por Bolsonaro e pelo que tem ocorrido desde 2016. Alguns dizem até que não é momento de ir pra rua, sob pena de “empurrar” Bolsonaro ao autoritarismo.

A realidade brasileira mostra, no entanto, que o que tem conduzido o governo Bolsonaro a uma escalada autoritária é o próprio governo, a coalizão de interesses que o elegeu e a política externa subordinada. Muitas das pessoas que tem saído às ruas para combater o fascismo, pedir democracia e a saída desse governo ilegítimo, não estão propriamente “quebrando o isolamento” para protestar. São trabalhadores e trabalhadoras que precisam pegar diariamente transporte público lotado, que seguiram tendo que trabalhar durante a quarentena, sofrendo as opções feitas pelo governo.

Portanto, é imprescindível que a esquerda, e sobretudo o PT, se movimente para além da institucionalidade, sem necessariamente abandonar esta frente que também é importante. Devem impulsionar, junto aos movimentos populares, ações de solidariedade, organização e formação, aglutinando as forças de esquerda e populares, organizando o crescente descontentamento dos “70%”, construindo um projeto de superação da crise, e que passa inevitavelmente pelo fim desse governo genocida.

Não há problema de se criarem frentes amplas circunstanciais, afinal, se estes outros setores estão de fato preocupados com a democracia, não terão problema nisso, não é? Não podemos é ficar reféns e novamente amarrados aos que golpearam a democracia em 2016, que retiram direitos dos trabalhadores e que querem Paulo Guedes sem Bolsonaro. Ou construímos uma saída democrática e popular, apresentando uma alternativa sistêmica a uma crise sistêmica, ou veremos a classe trabalhadora e suas organizações serem esmagadas.

Ou seja, o Brasil não é – embora às vezes pareça – um poço sem fundo, mas impõe desafios que estão à altura de sua grandeza e importância. E para o povo superar estes desafios, é necessária muita organização, especialmente do Partido dos Trabalhadores e dos movimentos populares, sem ilusões, sem acomodação à ordem. Precisamos internalizar, compreender e demonstrar que só a luta impede a catástrofe. É socialismo ou barbárie!

(*) Mateus Lazzaretti é militante da Juventude do PT e da AE em Santa Maria/RS

Este 2020 pode ser considerado o ano em que o Brasil se transformou em pária internacional.

 

O bem-sucedido projeto de destruição da democracia do governo Bolsonaro está promovendo uma lenta e dolorosa morte da reputação do país. Com a chegada da pandemia, ficou claro para o mundo que o Brasil está nas mãos de conservadores xucros, fundamentalistas religiosos e psicopatas dispostos a empurrar compatriotas para o cemitério em nome da salvação da economia. Se antes já havia motivos de sobra para a desconfiança internacional, agora a coisa ficou escancarada.

Se antes o Brasil era uma referência em diplomacia internacional e almejava ser protagonista nas relações com o mundo, hoje o país é rejeitado até mesmo pelos seus vizinhos.

Mais no site do The Intercept Brasil

O que você faria se tivesse apenas R$187 para passar o mês todo?

O documentário “Um Oito Sete” trata sobre as percepções sociais acerca do Programa Bolsa Família. Quinze pessoas que não recebem o benefício respondem à pergunta: “O que você faria com 187 reais?”. Em contraponto, três famílias beneficiárias falam sobre suas relações com o programa social. Sinopse: O que você faria com R$ 187,00? Partindo deste questionamento, o documentário trata das representações sociais sobre a pobreza e sobre as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. Gravações realizadas na cidade de Santa Maria/RS, em setembro de 2019.

Para assistir clique aqui