Destrinchamos a nova lei que mercantiliza a água

A entrada de empresas privadas no setor de água e esgoto nos municípios brasileiros não nos deixa nada otimista com o que deve vir a acontecer em ampla escala. Como já dito, o exemplo de Manaus é ímpar para demonstrar o “legado” que o setor privado vem deixando no país. A capital do Amazonas, após 20 anos de gestão privada, tem 12,5% de coleta de esgotos e mais de 600 mil pessoas sem acesso à água. O Instituto Trata Brasil coloca o saneamento de Manaus – 6° maior município brasileiro – em 96º lugar entre os 100 maiores municípios do país. Não por acaso, as regiões da cidade mais assoladas pela covid-19 são as mais desassistidas em saneamento básico. Este estudo também aponta que as dez melhores cidades são operadas por autarquias ou empresas públicas e apresentam indicadores elevadíssimos de atendimento.

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